Caros todos. Bem Vindos

Caros todos. Bem vindos. Por sermos eternos aprendizes, solicito suas críticas e comentários aos meus escritos. Obrigado.

terça-feira, 28 de junho de 2011

A RESILIÊNCIA

SHIRLEY, A RESILIENTE

Em meu escritório, sobre uma das modestas estantes de livros, há um pequeno vaso com uma planta - como quase todas -, de um nome bem curioso: orelha de cavalo.
É um vaso simples, fabricado em plástico, adornado com rústica cesta de vime. Por baixo, um pequeno prato do mesmo material.
Esta planta, com o respectivo vaso, ganhei-a de uma vizinha que conheci quando me separei e fui morar num apart hotel.
Faz tempo. Muito tempo. (Se não estiver errado, há uns 20 anos).
De lá pra cá, mudei várias vezes e sempre trago comigo a Shirley, nome que lhe dei em homenagem à sua doadora.
Nessas mudanças, não raro, a pobre da Shirley caiu. Tombou, perdeu parte de sua vicissitude, parte da terra onde, há anos, fixam-se suas raízes. Murchou e recuperou-se. Em todas elas. Sem exceção.
A sua capacidade de recuperação e de adaptação a novos ambientes é admirável.
Tenho que admitir tamanha a sua resiliência.
Assim como a Psicologia tomou esse termo emprestado da Física ao definir a resiliência como a capacidade do indivíduo em lidar com problemas, superar os obstáculos ou até mesmo em resistir a situações adversas, tomo, nessa fase da vida, o exemplo da Shirley. É ela quem, por anos a fio, me acompanha; e, por isso, tem lugar de destaque em meu ambiente de trabalho.
É a única existente por aqui.
Exemplos de perseverança como esse é que nos propiciam coragem e forças para continuarmos em frente como nossos objetivos.
É no exemplo da Shirley, ainda que desprovida de seu habitat natural que, por si só, em meio a livros e totalmente solitária, reúne forças e enfrenta e supera as adversidades que lhe criei.
Inspiro-me, tanto na Resiliência desta formosa e guerreira planta, como também nos amigos cantadores que frequentam o Aero’s Bar. São eles, com sua coragem impar e devoção incondicional a musica, que tanto me inspiram e incentivam em novas e desafiadoras empreitadas. São eles o elo entre minha incerteza cotidiana e a trilha da sonoridade impecável com que tanto comungam, inadiavelmente, todas as terças e quintas feiras.
Torço para que todos tenham a crença de que nossa vida pode mudar para melhor.
Devemos investir continuamente na esperança, tendo fortemente a convicção de que existe, dentro de cada um de nós, a capacidade de controlar nosso destino. Mesmo quando, assim como a Shirley e os nobres cantadores, o poder de decisão esteja fora de nossas mãos.
Dessa forma, analise o ambiente. Identifique as causas do problema e das adversidades existentes. Com essa informação você se habilita a se colocar em um lugar mais seguro ao invés de se por em situação de risco.
Amplie sua capacidade de entender os que o cercam e contribuem para sua vivência.
Seja convicto e eficaz em suas ações quando propô-las.
E, sem medo nenhum de fracassar, cantar e ser feliz, vincule-se a outras pessoas. Você tem enorme capacidade de resolver as intempéries da vida.
Por fim, inspirando-se na Shirley e nos cantadores do Aero’s Bar, pratiquem a Resiliência.

2 comentários:

  1. Beleza de texto.Parabéns!!E viva a Shirley!É provável até que cada um de nós tenha uma, mas ainda não nos demos conta disso.
    Abraços

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  2. A Shirley morreu. Sucumbiu mesmo diante de meus esforços para mantê-la viva. Resta a lembrança.

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