Caros todos. Bem Vindos

Caros todos. Bem vindos. Por sermos eternos aprendizes, solicito suas críticas e comentários aos meus escritos. Obrigado.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

CRÔNICA DA ORATÓRIA

                       
                               Ontem tremi igual vara verde.
                        Coube-me a honrosa incumbência de fazer a apresentação no salão nobre da Faculdade de Psicologia de Garça, a apresentação do trabalho do grupo do qual faço parte. “Drogas: Desafio do passado, presente e futuro”.
                       O nosso tema foi: “CRACK - A DROGA DA MORTE”. Se não bastasse ter sido escolhido “compulsoriamente” como o orador do grupo, de última hora, o outro, com o mesmo tema que o nosso, “escolheu-me” para que também os representasse e por eles falasse. O orador deles avisara que não compareceria. Aceitei, relutante, a incumbência.
                        Até aí, tudo bem. Mas, ao ser chamado por nossa professora e orientadora para fazer uso do microfone e discorrer sobre o tema, o “bicho pegou”. Deu o famoso “branco”, o “friozinho na barriga” e a memória insistia em me atrapalhar.
                        Foi uma batalha épica. Se por um lado, um mecanismo de defesa, diga-se indesejável, insistia em dar término, de vez, à palestra para reconfortar-me, outro, mais consciente, impulsionava-me ao término do compromisso assumido.
                        Fiquei firme. Porém, exasperado. Lembrei-me que na diversificada plateia, encontrava-se minha mãe, na excelência de seus 82 anos de vida e minha filha, graduada em Direito, a me prestigiar e apoiar. Se não bastasse, na composição da mesa, além de nossos ínclitos professores, estava presente o psicólogo Toninho Soares, autoridade de destaque em Marília sobre drogas, à frente da Comunidade Terapêutica Esquadrão da Vida há quase 20 anos.
Não podia desapontá-los (ou, a mim mesmo).
Para dar uma “forcinha” a essa situação, minha colega de turma e também oradora, me sussurrara: “me deu um branco”; Não me lembro de mais nada”; “Termina aí”.
Após consultar meus escritos e balbuciar mais algumas palavras, encerrei a oratória. Gotas de suor salpicavam minha testa. A boca ficara seca. A sede quase incontrolável. Creio que meu nível de serotonina alcançara patamar altíssimo.
Se não ficou a contento, peço-lhes desculpas.
Quanto a mim, foi uma experiência gratificante.
Que venham outras.

Um comentário:

  1. Me admirei pois sendo você um excelente advogado...Bem mas no momento em questão você estava estudante não é mesmo?Sucessos então!!Bjs

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