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quarta-feira, 28 de março de 2012

INTOLERÂNCIA: Minha, sua, deles.



FLAGRANTES DA VIDA REAL

Ontem, em classe, tivemos um caso sui generis.
Pela disputa de um assento e local, digamos privilegiado, houve confronto em que, do embate, resultou numa interrupção da explanação que o professor fazia sobre a Teoria de Abrahaan Maslow, precursor da Escola Existencialista. Como aprendido, esta escola valoriza o Homem como um todo, que  aceitam a si mesmo bem como os outros, da forma como se apresentam.
Uma colega que chegou após o início da aula, exigindo que outras se afastassem para que houvesse espaço suficiente ao encaixe de uma carteira, entre duas outras, não sendo satisfeita em sua pretensão inicial e tendo sido ordenada educadamente, mas firmemente, pelo professor para que se sentasse, passou mal e foi levada às pressas para um hospital.
Os motivos que desencadearam seu mal súbito e atendimento médico, não se sabem. Se havia precedentes, também não.
Creio (subjetivismo) que houve, ali, uma divergência, um desentendimento, uma discordância sobre a imposição de sua vontade em forma de concessão.
Questiona-se: Houve intolerância? De qual das partes?
Como é cediço, a intolerância é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e, principalmente, em opiniões.
No sentido social, intolerância é a ausência de disposição para aceitar pessoas com pontos de vista diferentes. Como há subjetivismo, isto está aberto a interpretação. Por exemplo, alguém pode definir intolerância como uma atitude expressa, negativa ou hostil, em relação às opiniões e posição sistemática de outros, mesmo que nenhuma ação seja tomada para suprimir tais opiniões divergentes ou calar aqueles que as têm. Tolerância, por contraste, pode significar "discordar pacificamente".
Em classe, houve discordância manifesta pela posição antagônica em não se fazer a concessão.
A emoção é um fator primário que diferencia intolerância de discordância respeitosa.
A intolerância pode estar baseada no preconceito, podendo levar à discriminação.
Formas comuns de intolerância incluem ações discriminatórias de controle territorial e social, como racismo, sexismo, homofobia, heterossexismo, etaísmo, intolerância religiosa e política.
Todavia, não se limita a estas formas: alguém pode ser intolerante a quaisquer ideias ou posição de qualquer pessoa.
A aula estava em andamento. O fato, em si, a atrapalhava.
Havia outras carteiras disponíveis em outros locais; no entanto, podia-se fazer a concessão.
Há uma lei de ação e reação. Em boa parte dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras, ou seja, em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas.  
Conclamo os colegas a fazer um debate sobre o que fazer com a intolerância alheia; ressaltando que, muitas das vezes, e que ocorre frequentemente, é como reconhecer e lidar com a nossa própria intolerância. Segundo Maslow, o homem tem uma psique sadia e, para que tenha um desenvolvimento normal, deve buscar, constantemente, atualizá-la e usar, da melhor forma, esses talentos, capacidade e potencialidade.
O intuito, é que sejamos livres de neuroses ou problemas pessoais maiores.
Com a palavra, os interessados e colegas.

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