FLAGRANTES
DA VIDA REAL
Ontem, em classe, tivemos um caso sui
generis.
Pela disputa de um assento e local, digamos
privilegiado, houve confronto em que, do embate, resultou numa interrupção da
explanação que o professor fazia sobre a Teoria de Abrahaan Maslow, precursor
da Escola Existencialista. Como aprendido, esta escola valoriza o Homem como um
todo, que aceitam a si mesmo bem como os
outros, da forma como se apresentam.
Uma colega que chegou após o início da
aula, exigindo que outras se afastassem para que houvesse espaço suficiente ao
encaixe de uma carteira, entre duas outras, não sendo satisfeita em sua
pretensão inicial e tendo sido ordenada educadamente, mas firmemente, pelo
professor para que se sentasse, passou mal e foi levada às pressas para um
hospital.
Os motivos que desencadearam seu mal
súbito e atendimento médico, não se sabem. Se havia precedentes, também não.
Creio (subjetivismo) que houve, ali, uma
divergência, um desentendimento, uma discordância sobre a imposição de sua vontade
em forma de concessão.
Questiona-se: Houve intolerância? De qual
das partes?
Como é cediço, a intolerância é uma atitude mental caracterizada pela
falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e,
principalmente, em opiniões.
No sentido social, intolerância é a ausência de disposição para
aceitar pessoas com pontos de vista diferentes. Como há subjetivismo, isto está
aberto a interpretação. Por exemplo, alguém pode definir intolerância como uma
atitude expressa, negativa ou hostil, em relação às opiniões e posição sistemática
de outros, mesmo que nenhuma ação seja tomada para suprimir tais opiniões
divergentes ou calar aqueles que as têm. Tolerância, por contraste, pode
significar "discordar pacificamente".
Em classe, houve discordância manifesta
pela posição antagônica em não se fazer a concessão.
A emoção é
um fator primário que diferencia intolerância de discordância respeitosa.
A intolerância pode estar baseada no preconceito,
podendo levar à discriminação.
Formas comuns de intolerância incluem
ações discriminatórias de controle
territorial e social, como racismo, sexismo, homofobia, heterossexismo, etaísmo, intolerância religiosa e política.
Todavia, não se limita a estas formas:
alguém pode ser intolerante a quaisquer ideias ou posição de qualquer pessoa.
A aula estava em andamento. O fato, em si,
a atrapalhava.
Havia outras carteiras disponíveis em
outros locais; no entanto, podia-se fazer a concessão.
Há uma lei de ação e reação. Em boa parte
dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras, ou seja, em
determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas.
Conclamo os colegas a fazer um debate sobre
o que fazer com a intolerância alheia; ressaltando que, muitas das vezes, e que
ocorre frequentemente, é como reconhecer e lidar com a nossa própria
intolerância. Segundo Maslow, o homem tem uma psique sadia e, para que tenha um
desenvolvimento normal, deve buscar, constantemente, atualizá-la e usar, da
melhor forma, esses talentos, capacidade e potencialidade.
O intuito, é que sejamos livres de
neuroses ou problemas pessoais maiores.
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